domingo, 28 de novembro de 2010

REBELIÃO NA CADEIA PÚBLICA DE MANAUS TERMINA COM TRÊS MORTOS

MANAUS - Detentos do Complexo Penitenciário Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, encerraram por volta de 17h a rebelião iniciada ás 10h desta quarta-feira (10). As negociações terminaram após a assinatura de um Termo de Melhorias, que inclui promessas como a revisão da superlotação da unidade prisional.
No final do motim, a Secretaria de Justiça (Sejus) reduziu para trás o número oficial de mortos na manifestação.
Com o encerramento da rebelião, todos os seis agentes sociais que eram mantidos reféns foram liberados. A primeira refém solta foi a estagiária Tereza Mendes, ainda por volta de 16h. Em troca, os rebelados pediram a religação da água e do fornecimento de energia elétrica da unidade. O restante dos reféns foi liberado somente com o fim oficial da rebelião.

Os incéndios registrados durante a ação foram totalmente controlados pelos bombeiros antes mesmo das 15h. Do lado de fora, o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) monitorava  com duas câmeras toda a movimentação dos presos e do tránsito no entorno da Avenida Sete de Setembro.

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No total, a cadeia pública abriga 821 pessoas, mas segundo a Sejus, apenas os raios A e B participaram da rebelião. O restante dos presos foi isolado pela Polícia Militar. Com o avanço das negociações, por volta de 16h30, órgãos de segurança já haviam descartado a invasão da penitenciária.

Sobre as mortes, a Sejus reduziu de quatro para trás o número de vítimas da rebelião. Entre os presos mortos estaria Rivelino Queiroz Albuquerque, conhecido como Rivas. Segundo o Ciops, ele era considerado o xerife dos raios C e D.
A operação desta quarta-feira contou com o trabalho de policiais do Batalhão de Resposta Rápida, Apoio e Intervenção Operacional (Raio), Batalhão de Choque e Força Tática da Polícia Militar, incluindo a cavalaria da corporação. Viaturas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros também auxiliam o patrulhamento no local.

Termo de melhorias

De acordo com a Sejus, o termo que encerrou a rebelião prevê a criação de uma comissão para estudos de penas, melhorias no atendimento médico, além do término da superlotação na unidade prisional. Para rever o caso de presos provisórios com prazos vencidos mas que continuam na unidade, os rebelados pedem a indicação imediata de advogados para atendimento jurídico. (IP)
Portal Amazônia

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